Evangelho de Marcos

Início: O Evangelho inicia com a palavra “princípio”. É o começo, assim como foi o início da Bíblia e termina com o retorno à Galiléia (16,7).
Evangelho: Só Mc usa a palavra “Evangelho” que é uma Boa Notícia da parte de Jesus Cristo e da parte de Deus! A palavra “Evangelho” aparece 7 vezes (1,1.14.15; 8,35; 10,29; 13,10; 14,9).
O Reino de Deus: A mensagem central de Jesus é o anúncio do Reino. As primeiras palavras de Jesus, neste Evangelho, são: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo!” (1,15).
A multidão: A “multidão” vai ao encontro de Jesus, seguindo-o, fazendo-se presente nos momentos importantes. A multidão são os pobres, excluídos, doentes, endemoninhados, cegos, surdos-mudos… Todos os excluídos da época de Jesus.
Reação diante de Jesus: Mc faz questão de informar o sentimento que as pessoas têm diante do que Jesus faz: e diz: espantar-se, admirar-se, maravilhar-se, ficar com medo, calar-se…
O Caminho: Esta palavra aparece várias vezes. É o Profeta que prepara o caminho (1,2) e clama para o povo preparar o caminho (1,3). Jesus está sempre caminhando (1,16). Vai com os discípulos “a caminho do mar” (3,7) e também descreve o que acontece pelo caminho (8,3.27; 9,33-34; 10,32.52). Da mesma forma, quem aceita Jesus deve segui-lo. Jesus faz uma caminhada
Conflitos: A proposta de Jesus é exclusiva e, por isso, são freqüentes os contrastes. Ou se está do lado de Jesus ou contra Ele. Várias vezes aparece o verbo “discutir” (1,27; 8,11; 9,10; 14,16; 12,28).
Dois banquetes: Marcos apresenta dois fatos importantes: o banquete da morte (festa de Herodes, 6,14-29) e o banquete da vida (multiplicação dos pães, . 6,30-44).
O “Segredo Messiânico”: É importante para Marcos (1,25.34; 3,11-12; 9,9; 1,44; 5,43; 7,36; 8,26…). Jesus quase proíbe que se espalhe a notícia de que Ele é o Messias. As pessoas devem descobri-lo na experiência do caminho…
Jesus em Jerusalém: A entrada em Jerusalém e sua atividade no Templo é muito bem estruturada, com ações precisas. Jesus não espera a restauração ou purificação do Templo, mas o seu fim (14,58). Quem e onde é o novo Templo? O “deserto” e o “caminho” parecem ser os novos lugares do encontro com Deus.
Pe. Ronaldo Sabino de Pádua