O Concílio que Marcou a História

Na abertura do Concílio, João XXII dizia: “O Concílio era fruto de inspiração divina, e que tinha chegado a hora da Igreja se renovar, se aproximar do mundo de hoje, e se colocar a serviço da humanidade, com a qual queria assumir solidariamente suas grandes causas, e a ela oferecer a luz do Evangelho”. “A Igreja está com cheiro de mofo. Precisamos abrir suas portas e janelas para que ela entre de ar novo no mundo”. A Igreja precisava voltar às origens, sendo fiel a Jesus Cristo, assumindo a missão de evangelizar o mundo para que todos tenham vida.
O Papa convocou o Concílio Vaticano II em 25 de dezembro de 1961, sendo solenemente aberto por ele em 11 de outubro de 1962 e encerrado pelo Santo Padre Paulo VI em 8 de dezembro de 1965.
A Igreja até então entendida como hierarquia, passa claramente a uma Igreja Povo de Deus. Nesta, Cristo é o centro e a cabeça da Igreja e, ao redor d’Ele, todos somos iguais, embora com distintos ministérios e diversas funções. Aprendendo com o bom Pastor, a Igreja deixa a sacristia para buscar as ovelhas perdidas. Os leigos e leigas são protagonistas da evangelização, com os diversos serviços e ministérios.
As celebrações litúrgicas passaram para as línguas de cada país, o padre deixou de celebrar de costas para o povo, a Bíblia tomou o seu lugar central na liturgia.
O cinquentenário de sua realização também é ocasião para avaliar a caminhada da Igreja. O Concílio foi concluído em 1965; mas a obra do Concílio está longe de estar concluída! Os documentos conciliares, no seu conjunto, constituem um tesouro que ainda não foi de todo explorado. A realização desse Concílio foi uma benção para a Igreja e para o mundo. Pe. Toninho